Minha árvore genealógica materna cresceu forte sobre raízes e tronco judaicos, de modos que nunca comemoramos, em casa, Natal.
Meu pai, entretanto, não é judeu e, apesar de já ter sido coroinha, nunca encontrei nele qualquer vestígio de religiosidade, excetuando as ocasiões nas quais ele dizia que era “ateu, graças a Deus”.
Sua irmã, por outro lado, tem prazer em receber meus pais, minha irmã e eu para a ceia natalina junto dela, meu tio e primos.
Tia Fátima não é carola. Topou sem neurose, por exemplo, que minha prima e o namorado dormissem juntos.
A despeito disso, eu diria que é uma católica praticante: freqüenta missa, canta no coral da igreja, guarda na cabeceira da cama o terço com o qual ora diariamente.
O aniversário de nascimento de Jesus de Nazaré na casa da Tia sempre me intrigou, especialmente em função do quadro fúnebre que eles têm na sala, com a imagem do Cristo sangrando, coroado de espinhos.
A ausência completa de formação cristã me impedia, definitivamente, de estabelecer qualquer relação entre a tortura e a comemoração.
Outro dia, contei ao meu pai que tive medo de Jesus na infância.
Ele achou graça.
Meu pai, entretanto, não é judeu e, apesar de já ter sido coroinha, nunca encontrei nele qualquer vestígio de religiosidade, excetuando as ocasiões nas quais ele dizia que era “ateu, graças a Deus”.
Sua irmã, por outro lado, tem prazer em receber meus pais, minha irmã e eu para a ceia natalina junto dela, meu tio e primos.
Tia Fátima não é carola. Topou sem neurose, por exemplo, que minha prima e o namorado dormissem juntos.
A despeito disso, eu diria que é uma católica praticante: freqüenta missa, canta no coral da igreja, guarda na cabeceira da cama o terço com o qual ora diariamente.
O aniversário de nascimento de Jesus de Nazaré na casa da Tia sempre me intrigou, especialmente em função do quadro fúnebre que eles têm na sala, com a imagem do Cristo sangrando, coroado de espinhos.
A ausência completa de formação cristã me impedia, definitivamente, de estabelecer qualquer relação entre a tortura e a comemoração.
Outro dia, contei ao meu pai que tive medo de Jesus na infância.
Ele achou graça.
Puxa, devia ser difícil ver as outras crianças ganhando presentes hein? Pois com uma mãe judia e um pai ateu as perspectivas não eram muito boas no natal!
ResponderExcluirEu nunca tive medo de Jesus (já de Deus...). Também não digo que chegava a ter dó. Ficava horrorizado com os sofrimentos, muito intrigado e maravilhado com os milagres e, quando eu mesmo me encontrava em sofrimento, desejava ser seu amigo ou ter uma gota do seu poder.
Feliz Natal pra vc e pros teus!