segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

James, o homem de verdade - Segunda Parte

James parecera sempre, a todos aqueles com os quais tivera contato, sujeito calado e, definitivamente, não era homem dado ao palavreado frouxo.
Injusto, entretanto, dizer que fosse antipático. Não era, embora, à primeira vista, sua fisionomia o sugerisse.
Seus ombros largos cobertos de pele bronzeada, altura extraordinária, olhar vítreo e o meio sorriso, nunca dental, esboçado ali entre os cantos da boca compunham aquele ar blasè do qual a gente desconfiaria até o último de seus dias na Terra.
É certo que uns o tomassem por má figura baseados exclusivamente no despeito à sua vocação sexual inequívoca, cujo reflexo deixavam nítido suas calças baratas de algodão cru sem forro.
Tudo quanto adjetivasse nosso rapaz a este momento, enfim, desserveria, de qualquer modo, a justificar a intimação da garota a seu apartamento àquela mesma tarde, nos quatro minutos subseqüentes à trombada dentro da loja.
Ela freqüentava com assiduidade, desde a época da faculdade, bares e casas noturnas, acompanhada das amigas, e dançava, bebia, fumava com elegância, atraindo olhares e convites diversos.
Desses passeios noturnos, inclusive, decorreram alguns relacionamentos. Dois deles efêmeros, mas divertidos, além dum terceiro mais grave, no qual se manteve envolvida durante cerca de quatro anos, conjugando até noivado.
Em ocasião alguma precedente a este encontro, no entanto, acontecera de convidar tão rapidamente qualquer homem a visitar sua casa.
James foi o primeiro.

4 comentários:

  1. Quero também conhecer um James para ser o primeiro umm...
    Adorei Qualquer dia vamos brindar aos James para serem os primeiros...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Tô esperando o próxima parte de James...

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  4. Só de vislumbrar teu belo ser e trocar alguns miudos com pessoa tão deslumbrante.....ja me dou por satisfeito em viver.....
    tantas espectativas.....agora talvez seja a hora após tantos anos de conhecimento....

    Feliz Natal

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