sábado, 6 de dezembro de 2008

Justa da Infâmia Poética Medieval - I*

O Último Apelo da Donzela Sofredora

De que valem minhas rimas
Se eu não te posso haver;
Eis-me aqui escarrando versos
Sem motivos de o fazer.

Metrifico em vão intento,
Animália a rimar;
Morrendo em esquecimento,
Procurando teu olhar

Que martírio a mim consome!
Escrever e te esperar...
Vem logo, me agarra e come
Que é pra acabar com essa lengalenga, seu desgraçado.

C.

O Trote Abusado do Varão Salvador

Salvo-te! Ó minha querida
Sem sequer pestanejar.
Coloco-te em minha vida
Sonho-te num altar.

Com meu elmo e armadura,
Minha espada e meu escudo,
Defender-te-ei, ó pura,
Dos males e de tudo.

Faze-me teu primeiro,
Oh, donzela sofredora.
Tomai o fogão e a vassoura
e o tanque de roupas e fritai um ovo pra mim que eu tô com fome!

Jr.

*(Duns anos atrás, contra Manoel Jr., amigo querido)

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