quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Merda*

Subconscientemente suína, arraigada àquelas tripas alheias quaisquer, doou-se ao chafurdar completo e viceral, peristalticando tortuosa e duodesordenadamente em companhia de verminoses e nós e visgos diversos ao longo do decorrer digestório de finita eternidade intrabdominal. Delgada e resolutamente entregue à involuntariedade muscular, vagou através dos intermináveis confins excretórios, apelando ardorosamente por absorção, ao que recorrentes esfincterinos nãos obteve vomitados. Fortaleza de barro, à purgação resistiu enquanto pôde, e não mais além. Bolo ao relento, flor em fécula então, descobriu-se anaeróbica. Ressurgiria, depois, alimento outro; matéria em desvairada putrefação.
*(de 2002, revisto)

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