segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Soneto do irremediável

Disposto ao sacrifício expiatório,
Ao largo da efeméride, o suspiro
Do arcanjo sem lugar ao oratório
É canto sobre o qual ainda me estiro.

A pena, em qual gesto tão simplório,
Suspende-se ondulante ao papiro
E, acato ao uso do peremptório,
Preparo, aponto, fogo – eu atiro!

Não vão, entretanto, já suficientes
Detrás da mesa, tinta e evocação
Se pólvora maior se me abrasa

O ar e em espiralo inconsciente
Sou anjo e eu, cuja dita canção
Aleija mais que o farfalhar da asa...

Um comentário:

  1. Mas... amiga,

    a sua rima não é pobre!

    E olhe que não é fácil escrever um soneto
    com pés e cabeça!...

    E a menina fê-lo bem!

    Beijoca

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