terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Nunca li Julio Cortázar

---Eu disse nunca li Julio Cortázar e - porque sou dada à invencionice, pensei – a gente se apiedou em muxoxos e recomendações variadas.
---Fazem assim e eu fico indignada, com cara de natureza morta. Sinto-me profundamente atingida nesses rodeios literários nos quais citam Ibsen ou Joyce ou qualquer autor que figure entre os malditos clássicos deles sobre os quais eu ainda não tenha passado meus olhos por preguiça ou pura incompetência. Antes falassem em futebol.
---Acontece que ganhei na última semana uns créditos na Livraria Cultura, que troquei por um livro do García Márquez – ainda o Projeto Chapolim em Cartagena das Índias - e o “Divertimento”, do bendito Cortázar, embora me tivessem recomendado entusiasticamente seu Jogo da Amarelinha – que me custaria o triplo do preço.
---O livro é experimental, é lírico. Engraçado, às vezes.
---Tive impressão, ontem à noite, de ter lido Oswald de Andrade Pubescente.
---Divertimento.
---E nunca li Julio Cortázar.

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